Bianco
Olhos
de jade milenar
Verde
antigo, puído e por vezes lavado
Coração
cristal.
Vivo,
eterno, solar
Tanto
maior é a luz
Mais
escura é a sombra que ela oferta
Seu
sangue, vinho
Cada
lágrima, um mar
Traz
a vitória no nome
E
o amor na pele
Fronte
audaz e fatal de felino solitário
O
homem cinza por trás da fumaça
Tão
sombrio quanto angélico
Tanto
candura quanto lascívia
Pintura
barroca, cores sóbrias
No
seu corpo, trevas e há luz
Chora
como quem se implora
E
sorri o brilho dos que acreditam
Traz
na alma tristezas perenes
E
as saudades repetidamente vividas
Numa
mão, o sangue rubro de amores findos
Com
a outra, ergue um ramo de lírios
Para
cada amor, uma dor
Para
cada dor, uma flor
Nero