quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Prismas

Meu riso triste escorre pelo chão
e não há quem com ele não se liquefaça.
Vem em ondas a frieza dessa melancolia
e não é preciso mais que uma brisa fraca para fazê-la ressoar.

Coração aberto é como gruta na praia
onde ondas atacam com fúria a resignação das rochas
e os ecos de sentimentos desconhecem as regras e ignoram grandezas temporais.

Amor é pedra brilhante arremessada em direção ao breu condensado de sentimentos findos.

Vagueio pelo mundo protegido do sol pela escuridão de cavernas cravadas na face do mundo.
O caminho entre elas é por vezes longo e minha pele reclama a ação do astro.

Tenho meu bolso cheio de pedrinhas tão brilhantes...
Elas cintilam quando as seguro entre os dedos e olho através delas.

Nesse momento, um vislumbre feliz se materializa numa nuvem de porvir e esperança,
através da qual vejo o contorno de seu corpo que se projeta ao longe.
O sol brilha em suas costas, e por mais que eu não o veja,
seu sorriso me fala de amor.

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